No encontro realizado na Cova da Moura, os representantes da Associação Moinho da Juventude falaram das queixas que têm apresentado ao longo dos anos sobre situações de violência policial no bairro e que têm ficado sem resposta das autoridades como o IGAI ou o Alto Comissariado para as Migrações (antigo ACIDI).
A associação desenvolveu trabalho conjunto com as forças policiais na última década, mas a mudança de comando em setembro de 2012 trouxe também uma mudança de atitude por parte da polícia. Desde então, o policiamento do bairro passou a ser feito pelo Corpo de Intervenção Rápida, abandonando a estratégia do policiamento de proximidade e de diálogo com a população e recorrendo frequentemente à intimidação e discriminação dos habitantes da Cova da Moura.
Para a deputada bloquista, "é importante promover uma audição pública com este e outros bairros sobre violência policial e outras formas de discriminação, aberta a associações e moradores". Cecília Honório pretende agendar este encontro nas próximas semanas para dar voz às comunidades que hoje em dia se sentem mais perseguidas do que protegidas pela polícia.
Nesse encontro deverão estar em cima da mesa propostas no sentido de melhorar as experiências de policiamento de proximidade que foram praticadas no passado, "no sentido de garantir a segurança e ao mesmo tempo os direitos da população, com um policiamento dos bairros que assente no diálogo e não na desconfiança e na intimidação", adiantou a deputada do Bloco.